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10/05/13 - Empresa do setor privado pode gerir aeroporto de Correia Pinto

Empresa do setor privado pode gerir aeroporto de Correia Pinto

Administração poderá ser por uma parceria público privada, mas é preciso de autorização da Anac

Ainda não se sabe quem vai administrar o Aeroporto Regional de Correia Pinto depois que as obras forem concluídas. A expectativa é que através de uma Parceria Público Privada (PPP), uma empresa terceirizada fique responsável pela administração do terminal. Para funcionar, é necessário que o aeroporto seja homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As obras do terminal de passageiros e de combate a incêndios estão terminadas. Segundo o prefeito de Correia Pinto, Vânio Forster, para administrar o aeroporto, a ideia é que uma empresa terceirizada seja contratada, por meio de licitação. “Tem empresas interessadas em operar o aeroporto, porque a prefeitura não tem condições de tocar e o Estado não tem interesse”, explica Forster.

A administração terceirizada ficará responsável pela manutenção, limpeza, segurança e locação de espaços comerciais dentro do terminal. “A obra de acesso está em todo vapor e em poucos dias está pronta para receber a camada asfáltica”, informa Forster.

Depois que esta etapa da obra for concluída, ainda resta realizar a construção do trevo de acesso ao aeroporto e a instalação da esteira de bagagens. Após a conclusão de todas as obras, para entrar em funcionamento, o aeroporto precisará ainda ser homologado pela Anac.

O presidente da SCParcerias, Paulo César da Costa, o Costinha, afirma que as obras estão dentro do cronograma. Ele confirma que há a possibilidade de o aeroporto ser administrado por uma empresa privada. “A ideia é fazer como está sendo feito em outros aeroportos do estado, com uma licitação para que uma empresa preste o serviço”, acrescenta.

Caberá ao poder público a busca por empresas que farão as linhas aéreas. No entanto, a empresa administradora será uma incentivadora neste trabalho.  “Ela vai ajudar a buscar passageiros e novas linhas, porque ela terá que fazer daquilo um negócio, então quanto mais passageiros melhor”, analisa Costinha.

Empresários de Lages ainda aguardam pelos voos

O presidente da Associação Empresarial de Lages (Acil), Luiz José Spuldaro, aguarda o término das obras. Para ele, o aeroporto vai permitir ligar Lages com outros grandes centros do país, no transporte de passageiros e cargas. “Tem que ter carga e passageiros para encontrar ponto de equilibro, é urgente, importante e necessário”, declara.

Uma das empresas que será beneficiada pelo aeroporto de Correia Pinto é a Klabin. Para o seu diretor industrial, Sadi Carlos de Oliveira, o terminal será importante para diminuir o tempo de deslocamento de seus colaboradores. “Nós perdemos muito tempo de deslocamento até Florianópolis, para chegar a São Paulo, perdemos meio dia a mais para ir e meio dia para voltar”, declara.

O secretário municipal de desenvolvimento econômico, Luiz Carlos Pinheiro Filho, lembra que Correia Pinto terá condições de receber aviões de grande porte e isso pode consolidar Lages e região como um centro logístico de transporte. “Para quem pensa Lages daqui a 10 ou 20 anos, o desenvolvimento passa pelo aeroporto de Correia Pinto”, completa.

Sem data definida para entrar em operação

Com relação à data para que o aeroporto entre em operação, o presidente da SCParcerias, Paulo César da Costa, não arrisca a se pronunciar. “Vamos trabalhar para que isso seja no menor espaço possível”.

Para o secretário regional, Gabriel Ribeiro, as obras do aeroporto avançaram bastante nos últimos tempos. “Vencemos vários obstáculos para concluir o quanto antes”, ressalta. As discussões sobre a quem caberá administrar o terminal vão se intensificar quando as obras forem finalizadas. “Nós entendemos que a gestão seja feita por pessoas capacitadas que façam o aeroporto funcionar de forma eficiente”, diz.

Fonte: Correio Lageano