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24/05/13 - ANAC libera voos, mas Brava não inicia operação

Anac libera voos, mas Brava não inicia operação

A liberação da agência era o último entrave para que o Aeroporto Federal de Lages voltasse a operar comercialmente

Depois de uma série de mudanças no cronograma, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou, na semana passada, a operação da Brava Linhas Aéreas no Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto, em Lages. A medida era considerada o último entrave para a retomada dos voos comerciais.

De acordo com a assessoria da Brava, porém, a companhia ainda não definiu uma data para o início das atividades, nem começou a vender passagens porque a Agência não liberou todos os trechos pelos quais a rota irá passar.

Desde 2009 o aeroporto não recebe linhas regulares de passageiros. De acordo com o gerente do aeroporto de Lages, Klaus Klinger, o pedido de autorização para o início da operação partiu da própria Brava Linhas Aéreas. “Nós encaminhamos uma série de documentos que faltavam, principalmente aqueles relativos à  alteração da rota da linha da Brava. Agora, o que falta mesmo é a empresa se instalar”, explica.

No dia 17 de março, foi solicitado à Agência a alteração na rota, que inicialmente teria como destino Porto Alegre, mas foi mudado para Curitiba. Segundo a Brava Linhas Aéreas, deve haver um aumento na demanda com a mudança.

Reformas necessárias concluídas

Todas as reformas no aeroporto já foram concluídas e os equipamentos de operação da empresa já começaram a ser instalados. “As obras de rampa de acesso a cadeirantes, criação da sala de administração e a sala VIP já foram finalizadas no aeroporto, bem como a reforma da pista, concluída ano passado”, comenta.

Nos últimos dias foram feitas pequenas reformas na estrutura, como a pintura  interna do terminal e colocação de placas informativas em três idiomas. “O aeroporto está pronto para receber os artistas da Festa do Pinhão e autoridades”, analisa Klinger.

Fonte: Correio Lageano

21/05/13 - Apenas 2,4% das cidades brasileiras contam com voos regulares, diz IBGE

Apenas 135 das 5.565 cidades brasileiras, ou seja 2,4% do total, contam com um aeroporto atendido por voos regulares, segundo um estudo sobre o transporte aéreo no Brasil baseado em dados de 2010 e divulgado nesta terça-feira (21) pelo estatal Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A publicação "As Ligações Aéreas 2010" mostrou que há uma grande concentração no transporte aéreo do país, já que as companhias aéreas tendem a privilegiar as cidades mais importantes e praticamente ignoram as pequenas.

O relatório foi realizado a partir de dados oficiais de 2010, ano em que o setor transportou 71,8 milhões de passageiros e 434 mil toneladas de carga em 877 diferentes rotas ("pares de ligações").

Das 877 rotas atendidas regularmente em 2010, 24 (3%) somaram 50% de todo o movimento de passageiros e de carga do país em 2010.

Os voos entre São Paulo, única grande metrópole nacional, e as outras seis maiores metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba) concentraram 25% dos passageiros transportado em 2010.

Os voos que tiveram São Paulo como origem ou destino mobilizaram 26,848 milhões de passageiros, pouco mais de um terço dos 71,8 milhões transportados em 2010 em todo o país.

Em seguida ficaram o Rio, com 14,4 milhões de passageiros, Brasília (12,3 milhões), Salvador (6,3 milhões) e Belo Horizonte (5,8 milhões).

Os voos entre São Paulo e Rio, a principal conexão do país, mobilizaram 5,68 milhões de passageiros. A segunda linha com maior movimento foi São Paulo-Brasília, com três milhões de transportados, e a terceira São Paulo-Porto Alegre, com 2,6 milhões.

Segundo o coordenador do estudo, Marcelo Paiva Motta, a concentração das rotas beneficia às empresas aéreas, já que reduz as despesas, mas prejudica os passageiros das cidades não atendidas. "A concentração de acessibilidade no Sudeste pode diminuir o custo, mas também reduz a acessibilidade em outras cidades do Norte e do Nordeste", segundo Motta.

Dessa forma, enquanto um passageiro que voa entre São Paulo e Teresina realiza uma viagem na média de entre 2 e 3 horas, quem quer ir a essa mesma cidade do nordeste de Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, perde mais de 35 horas na viagem pelas conexões.

Da mesma forma, os passageiros residentes em Brasília ou em São Paulo têm que pagar tarifas aéreas na média de R$ 200 por trecho para viajar pelo país. Para quem vive em Tabatinga o preço médio chega a R$ 1.300.

Segundo o estudo, o transporte de carga por via aérea é ainda mais concentrado, principalmente por seus altos custos.

Mais de 50% do tráfico de carga é realizado entre dez pares de cidades e apenas São Paulo foi origem ou destino de 201.132 das 434 mil toneladas de cargas transportas por via aérea no país.

A rota que concentra a maioria dos voos de carga é entre Manaus e São Paulo. O transporte entre as duas cidades mobilizou 99.344 quilos, ou seja, 20% do total da carga transportada em 2010.

Fonte: Correio Lageano

10/05/13 - Empresa do setor privado pode gerir aeroporto de Correia Pinto

Empresa do setor privado pode gerir aeroporto de Correia Pinto

Administração poderá ser por uma parceria público privada, mas é preciso de autorização da Anac

Ainda não se sabe quem vai administrar o Aeroporto Regional de Correia Pinto depois que as obras forem concluídas. A expectativa é que através de uma Parceria Público Privada (PPP), uma empresa terceirizada fique responsável pela administração do terminal. Para funcionar, é necessário que o aeroporto seja homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As obras do terminal de passageiros e de combate a incêndios estão terminadas. Segundo o prefeito de Correia Pinto, Vânio Forster, para administrar o aeroporto, a ideia é que uma empresa terceirizada seja contratada, por meio de licitação. “Tem empresas interessadas em operar o aeroporto, porque a prefeitura não tem condições de tocar e o Estado não tem interesse”, explica Forster.

A administração terceirizada ficará responsável pela manutenção, limpeza, segurança e locação de espaços comerciais dentro do terminal. “A obra de acesso está em todo vapor e em poucos dias está pronta para receber a camada asfáltica”, informa Forster.

Depois que esta etapa da obra for concluída, ainda resta realizar a construção do trevo de acesso ao aeroporto e a instalação da esteira de bagagens. Após a conclusão de todas as obras, para entrar em funcionamento, o aeroporto precisará ainda ser homologado pela Anac.

O presidente da SCParcerias, Paulo César da Costa, o Costinha, afirma que as obras estão dentro do cronograma. Ele confirma que há a possibilidade de o aeroporto ser administrado por uma empresa privada. “A ideia é fazer como está sendo feito em outros aeroportos do estado, com uma licitação para que uma empresa preste o serviço”, acrescenta.

Caberá ao poder público a busca por empresas que farão as linhas aéreas. No entanto, a empresa administradora será uma incentivadora neste trabalho.  “Ela vai ajudar a buscar passageiros e novas linhas, porque ela terá que fazer daquilo um negócio, então quanto mais passageiros melhor”, analisa Costinha.

Empresários de Lages ainda aguardam pelos voos

O presidente da Associação Empresarial de Lages (Acil), Luiz José Spuldaro, aguarda o término das obras. Para ele, o aeroporto vai permitir ligar Lages com outros grandes centros do país, no transporte de passageiros e cargas. “Tem que ter carga e passageiros para encontrar ponto de equilibro, é urgente, importante e necessário”, declara.

Uma das empresas que será beneficiada pelo aeroporto de Correia Pinto é a Klabin. Para o seu diretor industrial, Sadi Carlos de Oliveira, o terminal será importante para diminuir o tempo de deslocamento de seus colaboradores. “Nós perdemos muito tempo de deslocamento até Florianópolis, para chegar a São Paulo, perdemos meio dia a mais para ir e meio dia para voltar”, declara.

O secretário municipal de desenvolvimento econômico, Luiz Carlos Pinheiro Filho, lembra que Correia Pinto terá condições de receber aviões de grande porte e isso pode consolidar Lages e região como um centro logístico de transporte. “Para quem pensa Lages daqui a 10 ou 20 anos, o desenvolvimento passa pelo aeroporto de Correia Pinto”, completa.

Sem data definida para entrar em operação

Com relação à data para que o aeroporto entre em operação, o presidente da SCParcerias, Paulo César da Costa, não arrisca a se pronunciar. “Vamos trabalhar para que isso seja no menor espaço possível”.

Para o secretário regional, Gabriel Ribeiro, as obras do aeroporto avançaram bastante nos últimos tempos. “Vencemos vários obstáculos para concluir o quanto antes”, ressalta. As discussões sobre a quem caberá administrar o terminal vão se intensificar quando as obras forem finalizadas. “Nós entendemos que a gestão seja feita por pessoas capacitadas que façam o aeroporto funcionar de forma eficiente”, diz.

Fonte: Correio Lageano