Procedimento é necessário para que voos comerciais possam acontecer
Na manhã de terça-feira (27), técnicos do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo II (Cindacta)checaram questões técnicas, operacionais, de estrutura e equipamentos de meteorologia e comunicação do aeroporto Correia Pinto de Macedo. Ao todo, a prefeitura investiu R$ 600 mil somente em 2012 para readequar as instalações a fim de homologá-las para voos comerciais.
Uma bateria de testes foi feita no aeroporto para testar a qualidade e a adequação das instalações. Segundo o administrador do aeroporto, Henri Baraillon, os técnicos do Cindacta II fizeram alguns procedimentos como ligar o rádio e se comunicar com Curitiba, medindo a potência e a frequência do aparelho. Também desligaram toda a energia do prédio para verificar se os geradores têm capacidade para suportar uma pane dessa monta.
O prefeito Renato Nunes de Oliveira acompanhou a visita. “Estamos esperando o resultado, mas já começamos a trabalhar com o Governo do Estado para ter linhas de aviação comercial, para atender toda a população, não só os empresários, que são os mais interessados”.
Henri explica que, hoje, o aeroporto tem uma média de 270 voos por mês (voos fretados), mas esse número deve dobrar em seis meses, com a chegada de uma linha comercial.
A mais provável, explica, é a empresa gaúcha NHT. Isso porque já possui o manual de operação do aeroporto e, segundo Henri, pretende disponibilizar uma linha entre São Paulo e Porto Alegre, passando por Lages e Curitiba.
O avião seria o Brasília EMB 120, com 30 assentos. Segundo o jornal Rio Grandense “Agora”, a empresa estaria negociando duas destas aeronaves. O aeroporto de Lages passou recentemente por melhorias, tendo recebido recapeamento da pista, que custou quase R$ 1,5 milhão, pagos com recursos do Estado. Henri explica que a pista de Lages suporta aviões entre 17 e 25 toneladas, com, no máximo 60 passageiros.
Em caso de o Cindacta aprovar a operação do aeroporto de Lages, vai ser necessário outra inspeção para garantir a segurança do local. Henri fala que um caminhão dos bombeiros precisa ficar no local meia hora antes e meia hora depois de o voo comercial decolar.
O aeroporto possui um caminhão de combate a incêndio que está cedido para o Corpo de Bombeiros. Segundo Henri, a corporação vai fazer uma base no bairro Vila Mariza, que facilitará os procedimentos de segurança. Uma data para a liberação dos voos comerciais ainda não existe.
Fonte: Correio Lageano - Foto: Thomas Michel