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31/07/12 - Aeroporto Regional do Planalto Serrano: 12 anos em construção

Como as obras ainda não foram concluídas, é de bom alvitre avivar as memórias das pessoas que estão com o poder nas mãos, responsáveis pelo andamento da construção do Aeroporto Regional do Planalto Serrano, sobre alguns aspectos daquele empreendimento. Não se esqueçam que, a ideia de se construir um novo aeródromo, nasceu na administração municipal do ex-prefeito Décio Ribeiro. Também teve participação decisiva para a escolha do local e demais ritos burocráticos, o piloto aposentado, Comandante Ricardo Sell Wagner, assim como o secretário de governo Lauro Costa. Da mesma forma, deve-se reconhecer o esforço na compra do terreno, do ex-prefeito de Correia Pinto Roberto Ziliotto.  A bem da verdade, a obra do Aeroporto Regional do Planalto Serrano já está ultrapassando a primeira década. E, pelo que estamos assistindo, sua inauguração não acontecerá em 2012. Ainda em fase de acabamento, muita coisa está faltando para concluir, como por exemplo, o acesso  com o respectivo trevo rodoviário que vai ligar a BR 116 até ao aeroporto, o qual também deverá ser todo fechado  conforme determinação  da ANAC, construção da Torre de Controle, Posto de Abastecimento de Aeronaves, local para Corpo de Bombeiro, iluminação, etc. Pelo que assistimos, a conclusão da obra ainda leva alguns meses pela frente. Dizem que inauguração mesmo, só no ano que vem pelo andar da carruagem. Os políticos, as classes empresariais sabem que um aeroporto representa um fator preponderante para o desenvolvimento no entanto, nada fazem.

Fonte: Jornal O Palanque

04/07/12 - Acesso é o próximo passo para aeroporto regional ficar pronto

Acesso é o próximo passo para aeroporto regional ficar pronto

Ligação de 1,2km foi autorizada pelo governador e é vital para a utilização da estrutura aeroviária

Ainda faltam o prédio dos bombeiros, instrumentos para voo, acesso ao Aeroporto Regional do Planalto Serrano e pavimentação das vias internas. O terminal de passageiros e a pista, que são as obras mais caras, já estão praticamente concluídas.

Na última sexta-feira, o governador Raimundo Colombo autorizou a licitação da construção do acesso ao aeroporto. Serão 1,2 km que ligam o terminal até a rodovia BR-116. O edital, porém, ainda não está disponível.

O superintendente do Deinfra em Lages, Narciso Leal Narciso, explica que, com o acesso vai ser possível concluir os 2% restantes da obra do terminal de passageiros. “São questões de abastecimento, como água e energia elétrica, que vêm junto com o acesso”, explica.

Entre as outras obras em curso, existe a seção contra incêndio, que está 41,2% completa. Narciso diz que esta construção pode ser feita em um mês, mas a intenção é se terminar entre agosto e setembro para evitar depredações. “Enquanto se tem obra, tem gente lá cuidando”, explica.

Outro ponto que está em andamento é a parte de sinalização e instrumentação de voo. A pouco mais de um mês do fim do prazo destas obras (dia 8 de agosto), pouco menos de 23% dos serviços estão completos.

Para a liberação do aeroporto é necessária também a pavimentação dos acessos internos, bem como a construção do estacionamento. As obras do aeroporto iniciaram em 2002 e foram marcadas por várias paralisações.

Datas que marcaram a obra

1999
  • A própria Aeronáutica reconheceu a importância estratégica de um novo aeroporto na região. A constatação ocorreu durante visita da presidente da Acil, Isabel Baggio; do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lauro Cesar da Costa e do comandante Ricardo Sell Wagner, ao prefeito de Correia Pinto, Demerval Batista. A informação foi publicada no dia 3 de fevereiro.

2002
  • O governador de Santa Catarina, em exercício, Paulo Bauer, lança em Correia Pinto o edital para a construção da primeira etapa da obra do Aeroporto Regional do Planalto Serrano. Essa foi a informação publicada na edição do dia 22 de janeiro, aumentando a expectativa para o início dos trabalhos.
2002
  • O governador Esperidião Amin recebeu em seu gabinete, em Florianópolis, diversas lideranças da Serra Catarinense para a entrega da ordem de serviços para a empresa Sul Catarinense. A empresa pediu prazo de alguns dias para remanejar homens e equipamentos até o município de Correia Pinto.

2003
  • Há seis meses sem receber recursos do Governo Federal, a empresa Sul Catarinense reduz ritmo das obras, que depois param completamente.
Fonte: Correio Lageano

03/07/12 - Sem data para Lages ter voos regulares

O aeroporto de Lages ainda precisa de readequações que vão custar mais de R$ 800 mil para ser homologado pela Anac. 

O aeroporto de Lages vai continuar por mais um tempo sem receber voos comerciais. A informação é do administrador do aeroporto, Henri Baraillon. A parte estrutural está pronta, mas para ser homologado pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) são necessários realizar pelo menos três projetos que custarão mais de R$ 800 mil. Ainda não se tem certeza de onde virão os recursos. O prazo dado anteriormente, de que o aeroporto estaria funcionando no início de julho, se mostra inviável, segundo Baraillon. 

Com todo o instrumental pronto, o terminal reformado e a pista pronta, o aeroporto depende agora de projetos técnicos e de documentação. Segundo Henri, um dos pontos para se conseguir a homologação da Anac é um manual de regulamentação de segurança operacional. Este documento precisa ser feito por um gestor formado em ciências aeronáuticas e demora de 30 a 90 dias para ficar pronto. 

O prazo, porém, só começa a correr depois que se conseguir o dinheiro para pagamento de tal serviço. O montante gira entre R$ 60 mil e 80 mil. Sem isso, não existe possibilidade de homologação. “A Anac vai estar aqui no mês de julho, vendo a parte de documentação e segurança”. 

Outro projeto que precisa ser realizado para se conseguir iniciar as operações é a instalação de parar-raios e circuitos elétricos realinhados. Segundo Henri, seriam necessários entre R$ 250 mil e R$ 280 mil para a colocação desses equipamentos. 

O terceiro ponto é o cercamento do aeroporto. Hoje o terreno é delimitado com uma cerca de arame-farpado. Henri explica que seriam necessário 6 mil metros lineares de tela (tipo a de alambrado), palanques e uma cinta de concreto para fixação. Este projeto seria o mais caro, cerca de R$ 500 mil. Por causa do valor, a lei exige que seja feita uma licitação, mas, é necessário o dinheiro. “Nos falta definir de onde virá a verba”, diz Henri. 

O diretor do aeroporto está negociando com a Secretaria Regional de Desenvolvimento para conseguir uma verba extra. O aeroporto é administrado pela prefeitura e, de acordo com o calendário eleitoral, não pode receber transferências estaduais depois de 7 de julho, se as obras não estiverem em andamento. A assessoria de comunicação da Secretaria Regional de Desenvolvimento informou que o Governo do Estado trata o aeroporto de Lages como prioridade e auxiliará no que for necessário. 

NHT Linhas Aéreas já mostrou interesse em operar 

O diretor-presidente da última operadora de transporte aéreo que operou em Lages visitou o aeroporto Correia Pinto de Macedo na última sexta feira (29/06). Segundo o administrador do aeroporto Henri Baraillon, a NHT deu um parecer positivo para o início da operação, só dependendo da homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “A empresa está sob nova direção, foi toda reestruturada”, conta o administrador. 

Henri explica que o único ponto a ser acertado é a bilhetagem mínima necessária para operação. Quando operou em Lages, em 2009, a média era de quatro passageiros por dia, enquanto o necessário seriam 10. Sobre a empresa Azul/Trip que foi citada em reportagem do Correio Lageano (30/05/2012), como possível interessada na operação em Lages, Henri explica que não existe informações a respeito. “A companhia não procurou a gente. O município e o aeroporto não foram procurados, talvez o Estado ou o Governo Federal tenham sido contatados”.

Falta de aeroporto atrapalha vinda de empresas

A montadora de caminhões Paccar, que cogitou a instalação em Lages teve como um dos pontos de sua escolha por Ponta Grossa/PR o aeroporto com voos regulares. A falta de um serviço de linhas aéreas dificulta a negociação com empresas, revela o consultor de Assuntos Estratégicos do Estado, Marcelo Schlichting. “Indepentende de ser empresa A ou B, a escolha do local passa pela necessidade de um aeroporto”, explica.

Para ele, as regiões precisam de uma infraestrutura mínima para a instalação de grandes empresas, que tem alto fluxo de executivos. “Até empresas que já estão se instalando em Lages necessitam de um voo diário”, diz o consultor de Assuntos Estratégicos..

O que é a homologação?

Homologação é o parecer da Agência Nacional de Aviação Civil para o início de voos com instrumentos. Hoje o aeroporto Antônio Correia Pinto de Macedo está credenciado somente para operação visual.
Fonte: Correio Lageano