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12/03/13 - Depois de 11 anos, voos devem iniciar em novembro

Depois de 11 anos, voos devem iniciar em novembro

Esta é a expectativa para a operação no Aeroporto Regional do Planalto Serrano

Desde 2002, quando o edital para a construção do Aeroporto Regional do Planalto Serrano, em Correia Pinto, foi lançado, os serranos aguardam com ansiedade a conclusão das obras. Depois de 11 anos de muitas promessas e datas que não foram cumpridas, espera-se que até novembro deste ano o aeroporto possa finalmente iniciar suas atividades.

A última matéria sobre o assunto no Correio Lageano, foi publicada na edição de final de semana, nos dias 16 e 17 de fevereiro. Na época, o executivo de gabinete do município, Amarildo Volpato, informou que o terminal de passageiros estava pronto, o acesso estava sendo construído, e o instrumento de controle de voo seria instalado.

Depois de quase um mês, a novidade é que o instrumento de controle de voo está em fase de conclusão. O acesso continua na fase de terraplanagem, mas segundo Volpato as obras estão em ritmo acelerado. A esteira de bagagem continua no mesmo local em que estava desde a última matéria, pois será instalada somente depois do acesso ser concluído.

Além disso, desde a última matéria publicada, uma vistoria feita pela engenheira civil do Banco do Brasil, Zaira Kraus, avaliou as necessidades do aeroporto. A engenheira deverá encaminhar um relatório à superintendência do banco e depois para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Outra vistoria será realizada pelos engenheiros do  Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) de São Paulo e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), contratadas pelo Banco do Brasil, que vai gerenciar os recursos que serão aplicados nos aeroportos. Ainda não há uma data para a liberação dos recursos federais.

Essas vistorias estão sendo realizadas em 270 aeroportos do país, que foram selecionados para fazer parte de um pacote de investimentos no setor aéreo, anunciado pelo governo federal no final do ano passado. Em todo país, serão liberados recursos no montante de R$ 7,3 bilhões, somente no Estado R$ 363,8 milhões deste recurso total, será para reformas em 13 aeroportos.

Campanha existe desde o início das obras

Desde 1997, Correio Lageano publica matérias para mostrar a importância das obras do aeroporto serem concluídas

Em 1997, um estudo feito pela Acil relatou no Plano de Desenvolvimento Tecnológico Econômico Regional (PDTER), os problemas de operacionalidade do aeroporto de Lages. Entre os principais entraves estavam  teto e visibilidade elevados devido obstáculos naturais, como morros muito próximos do aeroporto, e, vento predominante de través que atua lateralmente nas aeronaves. Diante dos problemas detectados, o Correio Lageano iniciou uma campanha para defender a construção do Aeroporto Regional de Correia Pinto.

No dia 2 de fevereiro de 1999, a Aeronáutica reconheceu a importância estratégia do Aeroporto Regional de Correia Pinto, em reunião ocorrida com autoridades e representantes de diversas entidades.

Na época, o custo do projeto executivo orçado em R$ 65 mil, foi pago por empresas da região. O então governador Paulo Afonso Vieira encaminhou o projeto para o Ministério da Aeronáutica, e, em setembro do mesmo ano, uma equipe visitou a região para conhecer três possíveis locais: Painel, Índios e Águas Sulfurosas, em Correia Pinto.

Em março de 1999, o Departamento de Aviação Civil (DAC) optou pela localidade de Águas Sulfurosas, e a prefeitura de Correia Pinto decretou de utilidade pública e indenizou os proprietários da área de pouco mais de 129 hectares.

Em 10 de maio de 2001, a presidente do conselho da Acil, Isabel Baggio, e uma comitiva, entregaram ao então governador Esperidião Amin o projeto de construção do Aeroporto Regional do Planalto Serrano.

Em julho do mesmo ano, a Fatma liberou a licença ambiental para a construção da obra e em janeiro do ano seguinte foi iniciado o processo de licitação para a escolha da empresa que realizaria a obra.

No dia 22 de julho de 2002, a empresa Sul Catarinense, vencedora da licitação, recebeu a ordem de serviço para iniciar a construção do aeroporto. Após um ano de trabalhos a empresa reduz o ritmo da obra, devido à falta da liberação de recursos, até que no dia 22 de julho de 2003, os trabalhos foram paralisados por completo. Veja na linha cronológica, o passo a passo da obra que se arrasta há 11 anos.

Linha do tempo

1999 - A própria Aeronáutica reconheceu a importância estratégica de um novo aeroporto na região. A constatação ocorreu durante visita da presidente da Acil, Isabel Baggio; do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Lauro Cesar da Costa e do comandante Ricardo Sell Wagner, ao prefeito de Correia Pinto, Demerval Batista.

2002 - O governador de Santa Catarina, em exercício, Paulo Bauer, lança em Correia Pinto o edital para a construção da primeira etapa da obra do Aeroporto Regional do Planalto Serrano. Essa foi a informação publicada na edição do dia 22 de janeiro, aumentando a expectativa para o início dos trabalhos.

2002-  O Correio Lageano noticia no dia 4 de julho a abertura das cartas propostas para a escolha da empresa que fará a obra do Aeroporto Regional do Planalto Serrano. A vencedora foi a empresa Sul Catarinense, que se propôs  realizar o trabalho por R$ 15.891.214,44, valor bem abaixo do teto estipulado em R$ 19,9 milhões.

2003 - Há seis meses sem receber recursos do Governo Federal, a empresa Sul Catarinense reduz ritmo das obras, fato percebido imediatamente pelo Correio Lageano, que publica o assunto no dia 4 de julho. Questionadas, lideranças prometeram empenhar-se para evitar a paralisação total da obra.

2003 - O que a Serra Catarinense temia foi tema de notícia em 23 de julho: as obras do Aeroporto Regional do Planalto Serrano param completamente. Sem recursos, a empresa Sul Catarinense remaneja as máquinas para outras obras. Sem proteção, a terraplenagem executada em mais de 70%, corria o risco de deteriorar com a ação da chuva e do vento.

2004 - O Correio Lageano publica no dia 31 de março um caderno especial, de oito páginas, para lembrar que as obras do Aeroporto Regional do Planalto Serrano estavam paradas há 250 dias. O suplemento trazia toda a saga para a construção da obra. Pouco tempo depois, os trabalhos foram retomados, mas não seguiram por muito tempo.

2006-  Reportagem especial, no dia 14 de fevereiro, destacava que fazia 100 dias que as obras do aeroporto novamente estavam paradas. A matéria lembrava que a pista estava prestes a ser concluída,  podendo ser homologada para operação visual.

2007- Com a conclusão da primeira etapa das obras, a senadora catarinense Ideli Salvatti veio a Correia Pinto, onde esteve reunida com líderes regionais. Na pauta a viabilização da segunda etapa que compreende o acesso, os terminais de passageiros e cargas, a casa de força, a instalação de água e esgoto, além de outras infraestruturas. O assunto ganhou destaque na página 3 do dia 9 de julho.

2007 - Na edição do dia 7 de agosto, informamos que o Governo do Estado faria a abertura das propostas das empresas que participaram do edital para construir a segunda etapa do Aeroporto Regional do Planalto Serrano. Além do projeto o problema era viabilizar recursos para custear a obra.

2009 - “Apenas um sonho”, com esta manchete o jornal lembrava que as obras do Aeroporto Regional do Planalto Serrano estavam paradas há 500 dias, num atraso de mais de quatro anos, em comparação com o cronograma inicial.

2010 - Julho - O CL publicou matéria em que faltavam recursos por parte do governo estadual desde maio daquele ano, a empresa responsável pelas obras anunciava que iria diminuir drasticamente o ritmo de trabalho.

2011 - Novembro - O Governo do Estado conquistou verbas para o aeroporto. Ao todo, serão repassados R$ 2 milhões - R$ 1,4 milhão de verbas federais e R$ 600 mil provenientes de recursos estaduais. O governador Raimundo Colombo também definiu o prazo de conclusão das obras para junho

2012 - Maio - O Deinfra e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) chegaram a um consenso. A licitação do acesso do Aeroporto Regional deveria ser publicada naquele mês.

Fevereiro - No terminal de passageiros faltavam as instalações elétrica, hidráulica e o elevador. Os equipamentos para o balizamento noturno já estavam no local. 

Outubro - O governador Raimundo Colombo assina ordem de serviço para a construção do acesso ao aeroporto.

Julho - O governador Raimundo Colombo autorizou a licitação da construção do acesso ao aeroporto. Serão 1,2 km que ligam o terminal até a rodovia BR-116. O edital, porém, ainda não estava disponível.

Fonte: Correio Lageano - Foto: Susana Küster